sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

NoViDaDeS



Comenge e Don. Miguel
Ribera del Duero


A uva utilizada é 100% Tempranilho na marca COMENGE (9,50€) , sendo que o DON MIGUEL (22,75€) também contém uma percentagem variável de Cabernet
Sauvignon. Os cachos são criteriosamente escolhidos na vinha, desengaçadas para posteriormente seleccionarem-se os bagos soltos antes da entrada em depósito de esmagamento. Esta dupla selecção permite una limpeza exaustiva da vindima, de maneira que na elaboração dos vinhos sejam só empregues uvas sãs e maduras, com ausência total de partes vegetais, bagos verdes, passificados, podres ou de insectos, etc. O estágio realiza-se em barricas novas de carvalho francês (4/5) e americano (1/5). A percentagem de barrica nova é superior a 70%, a sua permanência em barrica depende das características de cada colheita, procurando-se que a qualidade do vinho seja potenciada sem que a madeira anule suas características aromáticas.
Este projecto foi inspirado em Miguel Comenge, pai do fundador y autor do livro ‘La Vid y los Vinos Españoles’, primeiro tratado científico acerca da situação vitivinícola espanhola, sendo o livro de referência nos estudos de agrónomos, viticultores e enólogos nas principais faculdades do país vizinho. O critico Robert Parker dá a este vinho a classificação de : 91/100 pontos.


Dúvida
Regional Alentejano 2005
E um vinho que dispensa apresentações, que nos obriga fazer uma grande vénia a um dos históricos e mais experientes enólogos portugueses, António Saramago. Tem regularmente esmagado, pelas suas características únicas, os vinhos concorrentes em ‘prova cega’, com ou sem comida …
O segredo deste vinho singular encontra-se na sua ficha técnica: Envelhecimento: estágio em barricas novas de carvalho francês Allier durante 12 meses. Após este período, estagiou novamente em barricas novas de carvalho francês Allier durante o mesmo período.
Não temos Dúvida (45€) de estar perante um dos mais surpreendentes vinhos portugueses, uma grande surpresa quando por nós provados …, não é um vinho para todos …, é necessário saber apreciar vinhos exagerados …, para sentir a absoluta necessidade de comprar uma das 2000 garrafas produzidas…


ESCULTOR
Regional Alentejano TINTO 2006
Escultor Tinto 2006 (45€) , com o rótulo da autoria do escultor João Cutileiro. Esta não é a primeira vez que o artista português empresta a sua criatividade à marca. A concepção dos rótulos do Monte do Pintor Tinto 2004 e do Monte do Pintor Tinto Reserva 2003 ficou ao cargo de Cutileiro. O novo vinho foi vinificado em anos excepcionais, onde a Trincadeira e algum Alicante Bouschet mostram as formas deslumbrantes dos seus aromas e sabores.
A Sociedade Agrícola da Sossega, Lda., proprietária do Monte do Pintor, foi constituída em 1991 e tem como objectivo principal a produção e comercialização de vinhos. Em 1995 iniciou-se a comercialização de um vinho regional alentejano com a marca MONTE DO PINTOR. Arte e paixão num vinho distinto, vinificado em anos excepcionais, onde a Trincadeira e algum Alicante Bouschet mostram as formas deslumbrantes dos seus aromas e sabores.

A vinha está instalada em encostas suaves expostas a Sul. No encepamento predominam castas Alentejanas, conjugadas com outras que conferem ao vinho uma personalidade própria, o já mencionado Alicante Bouschet, influenciada pela mancha de solos predominante, definidora de um distinto “Terroir”. 3399 Garrafas já todas colocadas nas melhores garrafeiras deste pais, 60 estão reservadas para uma inédita surpresa durante um jantar, que se quer memorável no Xôpana no dia 7 de Março 2009. Será o nosso primeiro jantar deste ano, reunimos a vontade do chefe MOMO querer apresentar novos pratos numa nova carta, com a disponibilidade da produtora Teresa Gonçalves de querer vir á Madeira agradecer ao mercado e assim a todos nós pelo sucesso que o ‘Pequeno Pintor’ tem tido nesta região… Disponibilidade essa aliada á vontade de fazer provar a todos nós os outros vinhos desta casa em crescimento…


Terras do Crato
Regional Alentejano 2005 (5€)
, um Vinho Alentejano elaborado com Aragonês e Trincadeira, mas com pequenas quantidades de Cabernet Sauvignon e Merlot; sem madeira e com muita fruta. Obtido das castas tradicionais da sub-região vinícola do Crato. Apresenta uma cor rubi, aroma frutado e intenso, paladar equilibrado, taninos suaves e boa persistência. 13% vol.

Herdade do Gamito
Regional Alentejano 2005 (10,45€)
, mais um Vinho Regional Alentejano, também elaborado com a colaboração de Rui Reguinga, mas uma história completamente diferente do anterior; corte de Syrah, Merlot, Aragonês e Trincadeira e estágio de 10 meses em barricas de carvalho francês; com um deslumbrante nariz com muita ameixa e uma boca com muita fruta, muita potência e longa persistência; sem sombra de dúvidas, o melhor vinho da noite! Tem um aroma frutado, paladar harmonioso e equilibrado, final longo e complexo.



A Quinta do Lagar Novo

Quinta produtora de Vinhos Regionais na Estremadura conhecida desde a segunda metade do sec. XVIII, julga-se que tenha sido edificada antes do grande terramoto de 1755. A Quinta do Lagar Novo foi adquirida nos anos quarenta do século passado, pela família «Elias Gonçalves de Carvalho» e é no presente, património de um dos ramos das segunda e terceira gerações subsequentes. Trata-se duma pequena propriedade agrícola, com uma história de produção de uvas e vinhos desenvolvida em mais de 200 colheitas, com cerca de 4 ha de vinha, instalada segundo as melhores e as mais recentes técnicas vitícolas, desenvolvidas sob a orientação do Eng. Luís de Carvalho. Sob a batuta deste experiente fazedor de vinhos brancos recaiu a opção das castas em variedades, de grande mérito enológico, capazes de acrescentar qualidade ao panorama produtivo de vinhos brancos em Portugal:
Arinto – pela originalidade aromática e riqueza ácida. Chardonnay – por ser uma referência mundial em vários tipos de vinho de grande qualidade e carisma. Marsanne - pelo paladar cheio e corpo untuoso. Viognier - pela originalidade, elegância e intensidade dum equilíbrio sedutor.
Vinhos Produzidos:


Lagar Novo
(6,25€)
Vinho Branco Estremadura 2007
Castas: Arinto 10%, Chardonnay 10%, Marsanne 55%, Viognier 25%
Notas de Prova: Vinho com bom corpo e muito equilibrado, apresenta: Cor: citrina. Aroma: Fino e com alguma complexidade, lembrando mel e frutos exóticos muito frescos. Sabor: Aveludado, intenso, com boa acidez e muito persistente.


Quinta do Lagar Novo
Chardonnay – 2007 (11€)
Vinho Branco Estremadura Reserva
Notas de Prova: Vinho volumoso, com bom corpo, elegante e muito equilibrado, excelente representante desta conhecida e apreciada casta. Cor: Amarela palha, claro. Aroma: À casta, fino e complexo, com algumas notas tostadas, lembra mel e baunilha. Sabor: Exuberante, fresco e harmonioso, revela madeira bem integrada num conjunto cheio, intenso e persistente.

Quinta do Lagar Novo
Viognier 2007 (12,75€)
Vinho Branco Estremadura Reserva
Notas de Prova: Vinho com bom corpo e muito equilibrado, glorifica a originalidade e o perfil único desta casta. Cor: Amarela palha, claro. Aroma: À casta, fino e complexo, com algumas notas tostadas, lembra frutos, alperce e uma suave nota a baunilha. Sabor: Ataque nervoso, cheio e intenso, boa harmonia, excelente acidez e persistência.



Quinta da Fata
Touriga Nacional 2006
Dão
(13,50€)
Antes de enviar as provas dos seus vinhos e de ser encomendado, dizia o mail do pai do meu amigo Eurico Amaral o seguinte:
O vinho tinto, colheita 2007 (Touriga Nacional), da Quinta da Fata acaba de obter o 1º Prémio no concurso "O GRANDE VINHO DO DÂO" da CVRDÃO. Este prémio vem juntar-se a outros conquistados durante o corrente ano, como sejam MEDALHA DE OURO no Challenge International du Vin (Bordéus), e MEDALHA DE OURO no International Wine Challenge (Áustria). Esta Quinta mereceu ainda um especial destaque do conhecido crítico de vinhos do ‘Le Point’ sr. Dupont e o Wein-Plus (Alemanha) classificam-no em 1º lugar entre os vinhos do Dão e em 8º entre os vinhos portugueses. Os vinhos Quinta da Fata são o resultado de uvas exclusivamente produzidas numa pequena quinta de 6,5 ha., em terreno granítico, com encepamentos, das castas tradicionais da Região do Dão, rigorosamente seleccionadas, estando a vinha implantada numa altitude de 400 m com ligeiro declive a Sul, o que confere uma óptima maturação. Na vinificação, recorre-se ainda, á curtimenta nos tradicionais lagares, com pisas a pé. Nesta pequena quinta, situada junto a uma aldeia da Beira-Alta , Vilar-Seco ,16 km a sul de Viseu faz-se um produto de rara qualidade, a região do Dão exprime o seu ‘Terroir’ de uma maneira singular …



QUINTA S.JOSÉ
Tinto 2005 Douro (19€)
Foi cá apresentado, durante um animado jantar, com a preciosa ajuda do cozinheiro Miguel Laffan, já ai impressionou com a sua cor púrpura e bastante profunda, aromas muito complexos e distintos onde predominavam o carácter frutado e floral com notas de especiarias, frescas de menta provenientes da madeira muito discreta e bem integrada no vinho. Na boca mostrou fruta, complexidade, com taninos de grande nível que lhe conferiram um longo final de boca. Esta combinação equilibrada de poder e elegância vai contribuir certamente para o seu potencial de envelhecimento, pelo que o vinho beneficiará com alguns anos em garrafa. As uvas que deram origem a este vinho, provêem de diferentes parcelas de vinha da Quinta de S.José, agora propriedade de João Brito e Cunha, a qual fica no Cima Corgo, muito próximo do rio, com uma altitude que vai desde os 100 até aos 250 metros. Exposição norte de solo muito Xistoso.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Á descoberta do RARO ...

Caros Enófilos

Gostaríamos de Vos fazer partilhar de uma experiencia rara, nesta busca incessante por produtos bons a preços modestos. Neste ano de actividade provamos 115 vinhos. Os produtores tiveram a gentileza de nos enviar os seus produtos, na expectativa de os ver representados neste mercado, que todos acham comercialmente interessante. Assim provamos de tudo, vinhos com defeito, vinhos regulares, correctos, vinhos agradáveis, mas comercialmente difíceis e por fim alguns muitos bons vinhos. Estes últimos são raros e quando aparecem suscitam uma enorme satisfação neste grupo de prova, diria mesmo entusiasmo. A maior parte destas referências são hoje comercializadas na PAIXÃO do VINHO, poupando a Vocês apreciadores, muito esforço e a incerteza na compra de um produto, que não sendo barato, terá de ter forçosamente uma boa relação preço/qualidade.
Até aqui, tudo bem, um número crescente de nossos clientes já sabem, que provamos préviamente todos os vinhos, antes de os pôr á venda, sabem igualmente, que as nossas referências têm um preço usualmente mais modesto, do que na maioria das garrafeiras de referência, sabem por fim, que os nossos vinhos são de pequenos produtores, alguns, muitos, eram já ou tornarem-se assim nossos amigos …
Euforia, contudo ensaiamos raramente, literalmente três vezes em 115 vinhos, assim desta última vez, há poucos dias, aquando da penúltima prova, descobrimos um tesouro vinícola, um tal Rui José Xavier Soares caprichou e criou o ESMERO 2005. Esmero, por definição, é a acção de esmerar, o cuidado extremo no trabalho, sinónimo de primor, apuro, requinte, capricho. Conjunto de acções que necessariamente estiveram presentes na elaboração deste excepcional vinho, com o qual pretendemos honrar o que de muito bom o Douro tem para Vos oferecer.
Este vinho provém de uma pequena parcela de vinhas de patamares em altitude expostos a Oeste, com 30 a 80 anos, situada no casario de Valdigem, na sub-região do Baixo Corgo com uma mistura de 11 castas, o lote é constituído por Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Amarela, Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Tinto Cão, entre outras mais, algumas delas com apelidos hoje desconhecidos, como a Tinta Roseira ou a Touriga Brasileira (já nossa conhecida como Touriga Fêmea da ‘Quinta da Revolta’).
« Pisado em lagar, teve um estágio de 12 meses em barricas novas. Apresenta um aroma muito fino em crescendo após abertura da garrafa, muito requintado, com a madeira a integrar-se na perfeição com a fruta. A mesma sensação de arredondamento sente-se na boca, não há taninos agressivos, não há arestas. Tudo aqui está nos conformes.» Comenta um importante crítico de vinhos.
Nós, nos nossos comentários de prova, achamos ter encontrado não só uma cor carregada e escura, com aroma algo fechado mas a abrir durante a prova, como também aromas de fruta vermelha madura onde se destacam as amoras, groselhas, framboesas e as ligeiras sugestões florais, mas também descobrimos especiarias (canela e pimenta) e ainda notas de café em especial após de algum tempo de abertura da garrafa ...
Na boca encorpado, intenso, com boa acidez, mas muito redondo. A fruta aparece em grande estilo, juntamente com o chocolate e ligeira nota de baunilha. É já um vinho elegante, mas sentimos, que à medida que os anos vão passar, de certo se tornará ainda mais guloso, a premiar quem soube resistir á tentação e o vai guardar. Final longo, saboroso, grande complexidade… Nota-se que foi feito com esmero. Perfeita oferta para este Natal … Temos aqui em belo tinto a um preço que não assusta ninguém.
Acompanhado vem este vinho, pelo ‘pequeno irmão’ o MIMO 2005, vinho com as mesmas características e origem do ESMERO 2005, mas menos concentrado com uma elegância similar mas mais suave, mais acessível. É uma dádiva, oferta a ser consumada, uma prenda para agradar, um brinde a ser feito em amizade, uma meiguice para um jantar particular, uma delicadeza de todos os dias ou então um obséquio ou favor a ser feito convenientemente… Tudo acções sinónimas de MIMO
E vamos então deixar o tal Produtor de nome Rui José Xavier Soares expressar-se em frases soltas:
· «A produção de vinhos na nossa família remonta ao tempo do meu avô, o qual plantou a maior parte das nossas vinhas e me incutiu o “bichinho” da vinha e do vinho. …
· Tal situação originou que nos últimos 20 anos a vinificação nas nossas instalações apenas se resumia ao vinho para consumo da família. …
· Fruto da minha formação académica (Licenciatura em Engenharia Agrícola na UTAD) e experiência profissional na área da Viticultura e Enologia entretanto acumulada na Real Companhia Velha (onde trabalho como técnico responsável pela Viticultura da Quinta de Cidrô e Quinta dos Aciprestes), concluímos – em conjunto com minha mãe e irmão, herdeiros de meu pai entretanto falecido – que era tempo de inverter a situação e começar a comercializar directamente uma parte da nossa produção de vinho DOC Douro. …
· Em nossa mente apenas um objectivo: a produção de vinhos de alta qualidade – o que de bom o Douro tem para oferecer! Acreditamos que as vinhas velhas têm – na maioria dos casos – um potencial que não pode ser desprezado e deve ser valorizado. É nesta mais-valia, associada a uma vinificação cuidada e respeitosa que acreditamos estar a diferença do nosso produto. …
· A área total de vinha é de 5,45 hectares, instalados em socalcos ao longo da encosta – a altitude varia entre os 250 e 500 metros, a inclinação média entre 23 e 25º, exposição do quadrante Oeste (W). Os solos são pedregosos e na sua maior parte xistosos, encontrando-se 30% da vinha em terreno de transição. No xisto, o encepamento é quase exclusivamente constituído por castas tintas. Em resultado, temos densidades de plantação muito elevadas (7.500 a 9.000 plantas por hectare), com baixa produção unitária – 600 a 800 gramas por videira. O reduzido espaçamento entre-linhas impossibilita a entrada de tractores na vinha, sendo os trabalhos culturais realizados manualmente, com o natural agravamento dos custos de exploração. ….
· No final do dia de corte (à noite), as uvas são pisadas a pé e tem início a fermentação alcoólica. Quando esta termina, o vinho é colocado em cubas de armazenagem em inox, onde vai efectuar a fermentação malolática. Posteriormente, passa para barricas de 225 litros de carvalho francês onde estagia até ao engarrafamento. …

Nós PAIXÃO do VINHO estamos bastante satisfeitos em Vos dar a provar e comprar estes dois vinhos MIMO 2005 e ESMERO 2005, a copo no reaberto e melhorado restaurante:
‘Chega de Saudade’

Frase da semana:
“Se não andares para a frente, nunca deixarás a crise para trás …”

Amigos, vamos lá começar mais esta curta semana com ânimo e confiança, e não esquecer, numa época de jantares, que se conduzir não beba …
Cumprimentos

Francisco Albuquerque e Filipe Santos

domingo, 30 de novembro de 2008

Fora de tempo, uma apresentação atrasada ...

Caros Amigos

Chegou ao fim a prolongada procura por um vinho mal-amado, mas que tem, na nossa opinião, o seu lugar na vivencia quotidiana deste país plantando á beira-mar… A época para vender e beber este vinho já passou há muito, leve, aromático, normalmente com muita frescura dada pela sua acidez viva, quase sempre pronunciada e pouco alcoólico, este vinho será ideal para ser consumido em regiões quentes, onde as esplanadas abundam e os chapéus claros tapam e protegem as carecas enrubescidas pelos raios solares impiedosos... Estamos de facto atrasados, fora de tempo, mas satisfeitos por termos finalmente encontrado o que há tanto tempo pretendíamos !!!!!!!!!
Nós PAIXÃO do VINHO procurámos intensamente um vinho, que expusesse todas as qualidades da região, mas que fosse menos ácido, sem gasificação, mais vinho branco contudo mantendo os aromas, macio, acidez sim, mas equilibrada e porque não com uma ligeira doçura, a lembrar-nos os bons brancos germânicos mas sem deixar de ser um Vinho Verde… Alguns enólogos, que trabalham nesta região foram formados e agregaram experiencias em países teutónicos e não deixam de aplicar as suas aprendizagens com resultados cada vez mais aceites como excepcionais …
O Vinho Verde é uma Denominação de Origem assim como Champagne, Cognac, Barolo, Chianti, Porto ou Madeira, entre outras. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes (RDVV) que se estende por todo o noroeste de Portugal, numa área de clima ameno conhecida como “Entre Douro e Minho”, é uma das mais antigas do país e, foi originariamente demarcada em 1908. Ao contrário de outras zonas produtoras, a região dos Vinhos Verdes é fundamentalmente dominada por minifúndios, ocupando uma área de 34.000 hectares, ou seja, cerca de 15% da área de vinhedos de Portugal. Os mais de 30 mil viticultores e 600 engarrafadores respondem por uma produção de 92 milhões de litros/ano, além do que, a região é líder em vinhos brancos em Portugal.
O produtor afirma, que este seu vinho é o seu primeiro de Vinho Verde da nova geração. Desafio-Vos a seguir o nosso caminho e confirmar a nossa surpresa, após provar em prova cega o QUINTA DO CAIS Verde Branco 2007 de Marco de Canavezes. As notas da prova relatam o seguinte:
Cor límpida, citrina, algo pronunciada, revela no nariz toda a juventude e aromas a fruta exótica, com finas notas tropicais. Na boca é macio, com uma acidez muito equilibrada, final longo e persistente. Um belíssimo Vinho Verde da nova geração, ou como diria o seu produtor o Dr. Paulo Graça Moura de um "Novo Paradigma"para o Vinho Verde. Este QUINTA DO CAIS Verde Branco 2007 é criado á imagem das pretensões do produtor e apenas com uvas da propriedade, adquirida no Marco de Canavezes na margem esquerda do rio Tâmega, onde recupera durante os fins-de-semana do cansaço que a vida lhe propôs. Conjuga assim a vista que o seu "Cais" lhe dá e que se perde pelo Tâmega e dando nome à Quinta, com o gosto pela boa gastronomia e pelo bom vinho aos quais se habituou por cá mas também por essa Europa fora …
Porém o vinho da região estava muito longe do seu anseio, a imóvel recordação das tradicionais castas da região produzem vinhos com muita acidez, com ácido carbónico, um dos produtos da fermentação malo-láctica, razão por que estes vinhos ficam com uma, na sua opinião, desagradável "agulha", que tanto marcou e marca o Vinho Verde de outros tempos o das garrafas redondas... Assim só havia um desfecho possível: fazer um vinho na sua quinta!
Não o tradicional Verde cheio de acidez, mas um criado á imagem das suas pretensões…
Resolve então trazer o Alvarinho para a sua quinta
· (Casta branca de alta qualidade, recomendada na Sub-Região de Monção, como casta genuína para a produção de vinho com Denominação de Origem Alvarinho é produtiva e rústica. Dá origem a vinhos com aroma acentuado desta casta característica, harmoniosos e saborosos é a casta que produz os vinhos mais graduados desta Região Demarcada.)
, ao qual associa o Loureiro
· (Casta branca, recomendada em grande parte da Região Demarcada, com excepção das Sub-Regiões de Basto e Amarante e concelhos de Baião, Cinfães e Resende; de área de cultivo em grande expansão, é oriunda da Ribeira-Lima; muito produtiva; dá origem a vinhos com aroma acentuado típico desta casta)
,o Trajadura,
· (Casta branca, recomendada em grande parte da Região Demarcada com excepção das Regiões de Basto e Amarante e concelhos de Baião, Cinfães e Resende; de área de cultivo em grande expansão é oriunda da Sub-Região de Monção; produtiva; dá origem a vinhos com aroma delicado e pouco acentuado, saborosos, mas possivelmente desequilibrados.)
e o Arinto,
· (Casta branca de qualidade, recomendada em toda a Região Demarcada com excepção da Sub-Região de Monção; de área de cultivo em grande expansão é oriunda da zona interior da Região muito produtiva; dá origem a vinhos com muito aroma, equilibrados e de harmonia pronunciada.)

Surge então o que chama de : “a coragem de contrariar a tradição e mostrar que a sub-região de Amarante pode fazer um vinho assim; fresco, pleno de aromas tropicais, macio na boca e que pede um patê, umas saladas, um prato de peixe ou uns mariscos frescos, podendo-se consumir no calor do verão por uma tarde fora sem que os 12% vol. de álcool se façam notar mais do que na boa disposição de uns momentos de bom convívio.”
A imagem da garrafa foi criada pelo seu amigo Arquitecto Souto Moura, que olhando para a garrafa exclama: "o vinho é fantástico mas o rótulo tem de estar à altura, eu vou fazer-te um rótulo, que será para ser visto através do vinho!". Ficava assim selada a relação deste famoso Arquitecto com este produto.

O vinho “QUINTA DO CAIS Verde Branco 2007” tem ganho medalhas e distinções, foi eleito produto do mês de Agosto, na Quinta das Lágrimas e foi escolhido para si pela PAIXÃO do VINHO … Agora falta Você ir na nossa conversa e provar o que aprovamos, seja como aperitivo ou para harmonizar com mariscos, ostras, amêijoas, peixes (linguado e robalo), saladas e carnes de aves.
Bom Proveito

Francisco Albuquerque e Filipe Santos

PAIXÃO do VINHO

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Há já 8.784 h

Meus caros,


8.784 horas são as horas em que a PAIXÃO do VINHO teve o prazer de ser cada vez mais a vossa companhia nestes nossos assuntos vinícolas. Conhecemos produtores, enólogos, clientes e tantas vezes simplesmente pessoas simpáticas, que na sua curiosidade nos proporcionaram momentos inesquecíveis. Sim acabamos de fazer um ano, num ano bissexto ( 366dias x 24 horas = 8.784 horas ) …!!
Á nossa simpática equipa, recentemente alargada (ver foto), os nossos sinceros agradecimentos, por nos suportarem, aos dois patrões, nos seus maus humores e desassossegos e nos limitarem nas nossas euforias, entre outras possíveis variantes de temperamento mais ou menos originais... A par do nem sempre fácil trabalho diário de vos levar a Vocês, apreciadores cada vez mais numerosos dos nossos VINHOS, através de um crescente numero de clientes, restaurantes amigos e atenciosas lojas (por esta época há um ano o primeiro restaurante ao qual facturámos foi o É Prápicanha do Pedro Camacho ….).
VINHOS esses que foram provados e aprovados pelo grupo de prova, sem o qual não teríamos tanta certeza, que estaríamos a fazer as decisões acertadas, que Vocês nossos clientes tanto apreciam. A esse grupo também aqui ficam expressos os nossos agradecimentos!
Para festejar este ano de apaixonada abertura da loja, vamos comunicar convosco este mês por várias vezes, iremos ter algumas surpresas, por isso estejam atentos aos nossos mails!
Por agora queremos vos apresentar o nosso Blog, que reúne os meus artigos biebdomadários na revista de Domingo do Diário de Notícias da Madeira, com as apresentações de novos Vinhos e Produtores e outros assuntos de interesse á volta deste nobre produto, como por exemplo o ‘Restaurante do Mês’ :

http://paixaodovinho.blogspot.com/

Participem neste Blog e aceitem da nossa parte, Filipe e minha, o nosso reconhecimento porque citando quem sabe: “Today statistics show that four out of every six businesses fail within the first year.”
Por isso, se ainda cá estamos a culpa é vossa … OBRIGADO
Bem hajam

Francisco Albuquerque e Filipe Santos

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Medir o Grau Provável das Uvas

O grau de maturação de um fruto na sua base é pela sua riqueza em açúcares.
No caso das uvas, como vimos, a evolução da maturação para além dos aspectos físicos (aumento do peso e tamanho dos bagos, aumento da coloração...), é preponderante, o aumento da quantidade de açúcares diminuição dos ácidos e a concentração de outros compostos, como taninos, aromas, sais, glicerina etc.…
No negócio entre viticultores e empresas de vinhos, é comum pagarem-se as uvas em função da sua riqueza em açúcares, dentro de uma mesma casta ou classe. Assim os preços, para além de outros critérios como o estado sanitário, têm como base o grau provável, normalmente valorizando-se os graus mais elevados.
Este grau provável não é mais do que a relação entre o teor de açúcares existentes nas uvas ou num mosto e o grau alcoólico adquirido após a fermentação desses açúcares por acção das leveduras ou fermentos das uvas.
Sabe-se que, por cada 17,5 gr de açúcar existentes numa amostragem de uvas ou mosto, vão-se obter 1 grau de álcool após fermentação alcoólica. Então quando dizemos que as uvas têm 10 graus, estamos a referir que essas uvas terão cerca de 175gr de açúcares fermentecíveis por litro.
A medição do grau provável dá-nos a indicação do grau de maturação das uvas e condiciona a data da vindima em função do vinho a obter.
Medir o grau provável das uvas é um dos factores mais sensíveis para os viticultores e dos que maiores controvérsias geram, pois quando se toma a decisão de vindimar, não se pode voltar para trás. A amostragem terá de ser sempre homogénea e representativa, tanto na vinha como no lote de uvas.
Há alguns anos, a amostragem era feita com base na determinação da densidade (peso do mosto relativo a 1l de agua = 1 kg) do sumo das uvas após serem espremidas, recorria-se assim a um mustímetro. Este necessitava de um grande volume de amostra, para além de ser pouco prático no campo, já que necessitava também de uma proveta graduada, água, coador e vasilha, tabela de correcção de temperatura e guardanapos. Em cada amostragem chegavam-se a “perder” 0,5 gr a 1 Kg de uvas.
Actualmente utiliza-se os refractómetros de mão ou de campo, fáceis de transportar e utilizar, calibrados oficialmente e muito fiáveis nos resultados. Tem como grande vantagem a necessidade de apenas uma gota de sumo para medir com precisão o teor de açucares, fazendo automaticamente a correcção da temperatura, dando uma leitura directa do grau.
Os refractómetros medem o desvio da direcção da luz – ângulo de refracção e correlaciona-os com valores do índice refractivo que foram estabelecidos.
Este monóculo é um instrumento muito prático e preciso, podendo qualquer pessoa fazer a leitura da amostragem, apenas com o senão do custo se situar á volta dos 150 €.



Francisco Albuquerque
 
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