sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Há já 8.784 h

Meus caros,


8.784 horas são as horas em que a PAIXÃO do VINHO teve o prazer de ser cada vez mais a vossa companhia nestes nossos assuntos vinícolas. Conhecemos produtores, enólogos, clientes e tantas vezes simplesmente pessoas simpáticas, que na sua curiosidade nos proporcionaram momentos inesquecíveis. Sim acabamos de fazer um ano, num ano bissexto ( 366dias x 24 horas = 8.784 horas ) …!!
Á nossa simpática equipa, recentemente alargada (ver foto), os nossos sinceros agradecimentos, por nos suportarem, aos dois patrões, nos seus maus humores e desassossegos e nos limitarem nas nossas euforias, entre outras possíveis variantes de temperamento mais ou menos originais... A par do nem sempre fácil trabalho diário de vos levar a Vocês, apreciadores cada vez mais numerosos dos nossos VINHOS, através de um crescente numero de clientes, restaurantes amigos e atenciosas lojas (por esta época há um ano o primeiro restaurante ao qual facturámos foi o É Prápicanha do Pedro Camacho ….).
VINHOS esses que foram provados e aprovados pelo grupo de prova, sem o qual não teríamos tanta certeza, que estaríamos a fazer as decisões acertadas, que Vocês nossos clientes tanto apreciam. A esse grupo também aqui ficam expressos os nossos agradecimentos!
Para festejar este ano de apaixonada abertura da loja, vamos comunicar convosco este mês por várias vezes, iremos ter algumas surpresas, por isso estejam atentos aos nossos mails!
Por agora queremos vos apresentar o nosso Blog, que reúne os meus artigos biebdomadários na revista de Domingo do Diário de Notícias da Madeira, com as apresentações de novos Vinhos e Produtores e outros assuntos de interesse á volta deste nobre produto, como por exemplo o ‘Restaurante do Mês’ :

http://paixaodovinho.blogspot.com/

Participem neste Blog e aceitem da nossa parte, Filipe e minha, o nosso reconhecimento porque citando quem sabe: “Today statistics show that four out of every six businesses fail within the first year.”
Por isso, se ainda cá estamos a culpa é vossa … OBRIGADO
Bem hajam

Francisco Albuquerque e Filipe Santos

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Medir o Grau Provável das Uvas

O grau de maturação de um fruto na sua base é pela sua riqueza em açúcares.
No caso das uvas, como vimos, a evolução da maturação para além dos aspectos físicos (aumento do peso e tamanho dos bagos, aumento da coloração...), é preponderante, o aumento da quantidade de açúcares diminuição dos ácidos e a concentração de outros compostos, como taninos, aromas, sais, glicerina etc.…
No negócio entre viticultores e empresas de vinhos, é comum pagarem-se as uvas em função da sua riqueza em açúcares, dentro de uma mesma casta ou classe. Assim os preços, para além de outros critérios como o estado sanitário, têm como base o grau provável, normalmente valorizando-se os graus mais elevados.
Este grau provável não é mais do que a relação entre o teor de açúcares existentes nas uvas ou num mosto e o grau alcoólico adquirido após a fermentação desses açúcares por acção das leveduras ou fermentos das uvas.
Sabe-se que, por cada 17,5 gr de açúcar existentes numa amostragem de uvas ou mosto, vão-se obter 1 grau de álcool após fermentação alcoólica. Então quando dizemos que as uvas têm 10 graus, estamos a referir que essas uvas terão cerca de 175gr de açúcares fermentecíveis por litro.
A medição do grau provável dá-nos a indicação do grau de maturação das uvas e condiciona a data da vindima em função do vinho a obter.
Medir o grau provável das uvas é um dos factores mais sensíveis para os viticultores e dos que maiores controvérsias geram, pois quando se toma a decisão de vindimar, não se pode voltar para trás. A amostragem terá de ser sempre homogénea e representativa, tanto na vinha como no lote de uvas.
Há alguns anos, a amostragem era feita com base na determinação da densidade (peso do mosto relativo a 1l de agua = 1 kg) do sumo das uvas após serem espremidas, recorria-se assim a um mustímetro. Este necessitava de um grande volume de amostra, para além de ser pouco prático no campo, já que necessitava também de uma proveta graduada, água, coador e vasilha, tabela de correcção de temperatura e guardanapos. Em cada amostragem chegavam-se a “perder” 0,5 gr a 1 Kg de uvas.
Actualmente utiliza-se os refractómetros de mão ou de campo, fáceis de transportar e utilizar, calibrados oficialmente e muito fiáveis nos resultados. Tem como grande vantagem a necessidade de apenas uma gota de sumo para medir com precisão o teor de açucares, fazendo automaticamente a correcção da temperatura, dando uma leitura directa do grau.
Os refractómetros medem o desvio da direcção da luz – ângulo de refracção e correlaciona-os com valores do índice refractivo que foram estabelecidos.
Este monóculo é um instrumento muito prático e preciso, podendo qualquer pessoa fazer a leitura da amostragem, apenas com o senão do custo se situar á volta dos 150 €.



Francisco Albuquerque
 
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