domingo, 30 de novembro de 2008

Fora de tempo, uma apresentação atrasada ...

Caros Amigos

Chegou ao fim a prolongada procura por um vinho mal-amado, mas que tem, na nossa opinião, o seu lugar na vivencia quotidiana deste país plantando á beira-mar… A época para vender e beber este vinho já passou há muito, leve, aromático, normalmente com muita frescura dada pela sua acidez viva, quase sempre pronunciada e pouco alcoólico, este vinho será ideal para ser consumido em regiões quentes, onde as esplanadas abundam e os chapéus claros tapam e protegem as carecas enrubescidas pelos raios solares impiedosos... Estamos de facto atrasados, fora de tempo, mas satisfeitos por termos finalmente encontrado o que há tanto tempo pretendíamos !!!!!!!!!
Nós PAIXÃO do VINHO procurámos intensamente um vinho, que expusesse todas as qualidades da região, mas que fosse menos ácido, sem gasificação, mais vinho branco contudo mantendo os aromas, macio, acidez sim, mas equilibrada e porque não com uma ligeira doçura, a lembrar-nos os bons brancos germânicos mas sem deixar de ser um Vinho Verde… Alguns enólogos, que trabalham nesta região foram formados e agregaram experiencias em países teutónicos e não deixam de aplicar as suas aprendizagens com resultados cada vez mais aceites como excepcionais …
O Vinho Verde é uma Denominação de Origem assim como Champagne, Cognac, Barolo, Chianti, Porto ou Madeira, entre outras. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes (RDVV) que se estende por todo o noroeste de Portugal, numa área de clima ameno conhecida como “Entre Douro e Minho”, é uma das mais antigas do país e, foi originariamente demarcada em 1908. Ao contrário de outras zonas produtoras, a região dos Vinhos Verdes é fundamentalmente dominada por minifúndios, ocupando uma área de 34.000 hectares, ou seja, cerca de 15% da área de vinhedos de Portugal. Os mais de 30 mil viticultores e 600 engarrafadores respondem por uma produção de 92 milhões de litros/ano, além do que, a região é líder em vinhos brancos em Portugal.
O produtor afirma, que este seu vinho é o seu primeiro de Vinho Verde da nova geração. Desafio-Vos a seguir o nosso caminho e confirmar a nossa surpresa, após provar em prova cega o QUINTA DO CAIS Verde Branco 2007 de Marco de Canavezes. As notas da prova relatam o seguinte:
Cor límpida, citrina, algo pronunciada, revela no nariz toda a juventude e aromas a fruta exótica, com finas notas tropicais. Na boca é macio, com uma acidez muito equilibrada, final longo e persistente. Um belíssimo Vinho Verde da nova geração, ou como diria o seu produtor o Dr. Paulo Graça Moura de um "Novo Paradigma"para o Vinho Verde. Este QUINTA DO CAIS Verde Branco 2007 é criado á imagem das pretensões do produtor e apenas com uvas da propriedade, adquirida no Marco de Canavezes na margem esquerda do rio Tâmega, onde recupera durante os fins-de-semana do cansaço que a vida lhe propôs. Conjuga assim a vista que o seu "Cais" lhe dá e que se perde pelo Tâmega e dando nome à Quinta, com o gosto pela boa gastronomia e pelo bom vinho aos quais se habituou por cá mas também por essa Europa fora …
Porém o vinho da região estava muito longe do seu anseio, a imóvel recordação das tradicionais castas da região produzem vinhos com muita acidez, com ácido carbónico, um dos produtos da fermentação malo-láctica, razão por que estes vinhos ficam com uma, na sua opinião, desagradável "agulha", que tanto marcou e marca o Vinho Verde de outros tempos o das garrafas redondas... Assim só havia um desfecho possível: fazer um vinho na sua quinta!
Não o tradicional Verde cheio de acidez, mas um criado á imagem das suas pretensões…
Resolve então trazer o Alvarinho para a sua quinta
· (Casta branca de alta qualidade, recomendada na Sub-Região de Monção, como casta genuína para a produção de vinho com Denominação de Origem Alvarinho é produtiva e rústica. Dá origem a vinhos com aroma acentuado desta casta característica, harmoniosos e saborosos é a casta que produz os vinhos mais graduados desta Região Demarcada.)
, ao qual associa o Loureiro
· (Casta branca, recomendada em grande parte da Região Demarcada, com excepção das Sub-Regiões de Basto e Amarante e concelhos de Baião, Cinfães e Resende; de área de cultivo em grande expansão, é oriunda da Ribeira-Lima; muito produtiva; dá origem a vinhos com aroma acentuado típico desta casta)
,o Trajadura,
· (Casta branca, recomendada em grande parte da Região Demarcada com excepção das Regiões de Basto e Amarante e concelhos de Baião, Cinfães e Resende; de área de cultivo em grande expansão é oriunda da Sub-Região de Monção; produtiva; dá origem a vinhos com aroma delicado e pouco acentuado, saborosos, mas possivelmente desequilibrados.)
e o Arinto,
· (Casta branca de qualidade, recomendada em toda a Região Demarcada com excepção da Sub-Região de Monção; de área de cultivo em grande expansão é oriunda da zona interior da Região muito produtiva; dá origem a vinhos com muito aroma, equilibrados e de harmonia pronunciada.)

Surge então o que chama de : “a coragem de contrariar a tradição e mostrar que a sub-região de Amarante pode fazer um vinho assim; fresco, pleno de aromas tropicais, macio na boca e que pede um patê, umas saladas, um prato de peixe ou uns mariscos frescos, podendo-se consumir no calor do verão por uma tarde fora sem que os 12% vol. de álcool se façam notar mais do que na boa disposição de uns momentos de bom convívio.”
A imagem da garrafa foi criada pelo seu amigo Arquitecto Souto Moura, que olhando para a garrafa exclama: "o vinho é fantástico mas o rótulo tem de estar à altura, eu vou fazer-te um rótulo, que será para ser visto através do vinho!". Ficava assim selada a relação deste famoso Arquitecto com este produto.

O vinho “QUINTA DO CAIS Verde Branco 2007” tem ganho medalhas e distinções, foi eleito produto do mês de Agosto, na Quinta das Lágrimas e foi escolhido para si pela PAIXÃO do VINHO … Agora falta Você ir na nossa conversa e provar o que aprovamos, seja como aperitivo ou para harmonizar com mariscos, ostras, amêijoas, peixes (linguado e robalo), saladas e carnes de aves.
Bom Proveito

Francisco Albuquerque e Filipe Santos

PAIXÃO do VINHO
 
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